domingo, 15 de janeiro de 2012
A ditadura militar no Brasil
Em 25 de agosto de 1961, o presidente Janio Quadros renunciou. Os militares impediram que o vice João Goulart, que se encontrava em viagem oficial a China, retornasse ao país para assumir a presidência. Os setores ultra-conservadores temiam o caráter nacionalista e de esquerda de João Goulart, mas encontraram no governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, o lider da resistência democrática contra o golpe. Acabaram permitindo a posse de Goulart, mas apenas com seus poderes reduzidos através da adoção do parlamentarismo. Então em 7 de setembro de 1961, João Goulart tomou posse na presidência, em um regime parlamentarista.
Mas em janeiro de 1963, em plebiscito, o povo votou pelo retorno do presidencialismo e o presidente Goulart, finalmente assumiu o poder para governar. Como nacionalista e social-democrata, ele pretendia realizar grandes reformas que beneficiariam o povo trabalhador, entre elas a reforma agrária. Isso despertou o ódio dos setores ultra-conservadores, que com apoio da Igreja Católica, começaram a se mobilizar para derrubar o governo. O presidente João Goulart aprovou o 13º salário para os trabalhadores e o Funrural, que levou os direitos trabalhistas para o campo, mas as grandes reformas que pretendia realizar, infelizmente não conseguiu devido ao golpe de estado.
Em 31 de março de 1964, um golpe militar derrubou o governo do presidente João Goulart, que fugiu para o exílio no Uruguai. Os militares tomaram o poder e estabeleceram uma ditadura de extrema-direita, que implantou o bipartidarismo e a censura, assim como promoveu intervenção nos sindicatos e proibiu as greves. Em 1968, com a adoção do AI-5, a ditadura ficou mais repressiva, promovendo inúmeros crimes contra quem se opusesse ao regime. Estudantes e trabalhadores foram presos, torturados e até mesmo assassinados, inclusive quem sequer participava da resistência armada a ditadura, como o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho.
A ditadura militar brasileira seguiu o exemplo das demais ditaduras militares latino-americanas, estabelecendo um "capitalismo de estado" submisso aos interesses do imperialismo yankee.
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